Especial Rádio Nacional(Esportes)- Prefácio

Ao começar a faculdade de jornalismo na FACHA(Faculdades Integradas Hélio Alonso) em agosto de 2005, eu já escutava a Nacional e o seu futebol desde 1996 e o rádio em amplitude modular(AM) a partir de 1995, muito embora naquele momento como "caloura" da faculdade, nem sonhasse em pesquisar sobre o tema rádio e me apaixonar de vez pela "caixa falante". Quiçá montar um blog para falar do veículo de comunicação mais antigo do Brasil que é o rádio.

O que me motivou a fazer o Especial Rádio Nacional(Esportes) foi a volta das transmissões esportivas da Praça Mauá em 2009, extinta no final do ano de 2005. A partir da "extinção" do futebol pela Nacional, o misto sentimento de revolta e saudade, agregado aos conhecimentos que tive e tenho na FACHA através de professores como Mauro Silveira e Francisco Aiello(radialista empregado atualmente pela rádio Brasil(940 Am)), me fez e faz ter em meu acervo quatro livros referentes à emissora da Praça Mauá e o seu famoso prefixo "PRK-30".

Poderia falar e homenagear sobre a rádio Tupi(1280 Am) e a sua importância no futebol com o folclórico narrador esportivo e grande cantor,o compositor rubro-negro Ary Barroso com a sua indefectível gaitinha, impunhada, toda vez que um time fazia um gol. As belas transmissões do hoje comentarista do "Bola em Jogo", aos domingos, de meio dia até às 15 horas, o GRANDE Doalcei Bueno de Camargo e citar grandes locutores pela emissora da Rua do Livramento como Cézar Rizzo, José Cabral e os comentários "cristalinos" com Amílcar Ferreira. Contudo, a importância que a Escola do Rádio chamada Rádio Nacional tem também na parte esportiva, esta sim, não pode jamais ser esquecida.

A Rádio Nacional foi capaz na chamada "Época de Ouro" do rádio, compreendida entre 1930 e 1950, quando o Rio de Janeiro era a Capital Federal, a Nacional foi capaz de projetar os 6 times cariocas: Flamengo, Vasco, Botafogo, Fluminense, América e Bangu- aos mais distantes estados deste país- continente, através das ondas curtas. Se hoje temos um Botafogo no Piauí ou um Flamengo em Sergipe, agradeçam à Rádio Nacional para este fato.

Infelizmente como o brasileiro tem memória curta e não valoriza e cultua a cultura, como disse o jogador e "filósofo" do Vasco da Gama Rodrigo Pimpão, que se referiu aos craques que jogaram muita bola e merecem respeito Roberto Dinamite e Romário com este seguinte chavão: "quem vive de passado é museu". Pois bem, este blog é um verdadeiro museu para proporcionar a você, o querido leitor/ouvinte à cultura e ao engajamento de profissionais sérios e apaixonados pelo rádio como Antônio Cordeiro e Jorge Curi, que inovaram as transmissões esportivas, ao ser copiada em diversas emissoras espalhadas no país.

O Especial Rádio Nacional será dividido em três partes e o livro- base que pesquisei para fazer esta homenagem foi "Almanaque Rádio Nacional", de autoria de Ronaldo Conde Aguiar.

Sejam Bem-Vindos à viagem ao passado da emissora, que por muito tempo foi considerada a maior da América Latina, chamada Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Apertem os seus respectivos cintos, pois em três capítulos, o leitor/ouvinte será transportado ao passado.

Obrigada pela atenção,

Isabela Guedes.
blogdoradiocarioca@yahoo.com.br

Comentários

Anônimo disse…
Olá Isabela!
Imagino que esteja radiante com esse retorno da sua querida Rádio Nacional. Como homem de comunicação, também estou. Isso é muito bom para a nossa profissão. Agora, torço para que os profissionais que foram sondados pela emissora sejam contratados.
Abs, Aiello
Anônimo disse…
Olá Isabela! Pra não dizer que falei de YouTube, está registrado em YouTube uma grande jornada de Doalcei Camargo (o moço de Marília) e o 'cristalino' Amílcar Ferreira (que fim levou?). Foi a histórica goleada do Botafogo contra o rival Flamengo no Brasileirão de 1972: 6x0, com direito a uma reclamação de Amílcar:
- Esse pessoal quer acabar com meu estoque de piadas!
http://www.youtube.com/watch?v=gu22jycYX-Y (desculpe a descrição chula do cara que registrou).
Bjs!

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