Editorial: Microssérie Dalva de Oliveira & Herivelto Martins

Olá radio-nautas,



Este post é "atípico" para um dia de sábado-pois, geralmente, escrevo às terças-feiras. Como a semana, a primeira, de janeiro de 2010, foi bastante corrida e tumultuada, portanto, não deu para pôr uma matéria nova na última terça-feira.

Antes de mais nada, quero desejar-lhes um 2010 esplendoroso. E, agradeço, ao leitor do blog, o mineiro Nei Medina, que está me auxiliou, ao me enviou áudios de narrações com César Rizzo, Jorge Curi e outros, que, ao longo de 2010, estarei disponibilizando. aqui no blogs os gols narrados por grandes mestres da radiofonia.

Confesso-lhes de que não sou fan televisiva, há mais de 10 anos. Mas, como costumo sempre brincar com a minha avo de 86 anos, eu nasci em época errada, porque desde nova, gosto de apreciar músicas, costumes e roupas dos anos 30 e 40, embora acredite que, hoje há muito mais liberdade, embora as pessoas confundam liberdade com libertinagem e falta de respeito e educação ao próximo.

A minissérie em si, para mim, foi o retrato de uma época romântica, austera e machista, de uma cidade, ou melhor, a então Capital Federal Rio de Janeiro e sua efevercência cultural, ao ditar modas, ritos e costumes.

A "Época de Ouro" do rádio, foi sem dúvida o chamariz para que a televisão copiasse o que o rádio criou há mais de 70 anos. A PRE-8, digo, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi e e será, SEMPRE, a maior emissora da América Latina e aqui no blog, eu, em primeira pessoa, vou cultuá-la, escutá-la, respeita-la e amá-la, como algu´m que todos liga o rádio e sintoniza nos KHz 1130 am ora para ouvir o "Alô Rio", com Hilton Abi-Hian, ora, para escutar às transmissões esportivas . A Rádio Nacional, apareceu na abertura de Dalva e Herivelto, com os microfones famosos. Depois, citaram e apareceram as emissoras radiofônicas Mayrink Veiga e Rádio Tupi.

No livro, A Era do Rádio, a autora Lia Calabre, descreve que " o golpe militar de 1964, que levou à investigação e à cassação de muitos astros Nacional e ao echamento da Rádio Mayrink Veiga, e orientação legalista, juntamente com questões de gestão internas na emissora, representou um momento de ruptura definitivo na história do rádio brasileiro. O governo militar investiu na integração teevisiva do país e as emissoras foram adotando o modelo de rádios locais, com notícias e prestação de serviços, músicas gravadas e esportes, como no slogan da Rádio Globo, criada em dezembro de 1944:" Música, esporte e notícia". Os "anos dourados" do rádio no Brasil chegavam ao fim."

Vou abrir um parêntese aqui, contudo, acredito que esta microssérie fôra uma grande homenagem ao veículo RÁDIO, para que o meio-de-comunicação não caia no ostracismo. De alguma forma, é um "pedido de desculpas" pelo quase fim do rádio engraçado, cheio de "bossa" e de qualidade pessoal a que pouco ouvimos atualmente. A começar pelos celulares modernos e os MP3´s, que os fabricantes não põem o "AM", para que o costume do verdadeiro "radinho de pilha" ou o "ipod de bateria", não "matem" de vez com a amplitude modular como muitos empresários e pessoas "do ramo" detonaram com as ondas tropicais e as ondas curtas em um "passado-recente" . E sinceramente, espero que mais pessoas que não conheceram a "Era do Rádio", assim como eu, abracem a causa radiofônica e descrevam mais sobre historicidade do rádio como cultura, lazer, exemplificando portanto, a também jornalista Jannaína Costa, que abraçou de vez, o Blog da Revista do Rádio, um blog universitário oriundo por alunos da FACHA-Méier.

Na semana que vem, espero voltar com a "programação radiofônica "normal"", ou seja, com histórias radiofônicas-esportivas, para você(s) querido(s) leitore(s)-ouvinte(s).


Um grande abraço,

Isabela Guedes.
blogdoradiocarioca@yahoo.com.br

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